Ficção: A lenda de Hangar 2/16

Era o retrato de sua mãe na luz celestial. Erezio não sabia que esta alma era sua mãe, mas diante de tal figura, identificou-a imediatamente concebendo-se a um sentimento jamais sentido pelo jovem, talvéz...
— AFETO, isto é o que você está sentindo? - Sussurrou a figura que lucilava, e que agora se mantinha ofuscada e irreconhecível.
Realmente sua "mãe", agora celestial, havia reconhecido este sentimento ardente no coração de seu filho.
— Não sei bem... É algo que estranho que pulsa - Respondeu ele.
Eles estavam na floresta um pouco ao sudoeste, o sol já se punha e a noite ia caindo com leves brisas frias da esperada do inverno. A figura se aproximava cada vez mais, enquanto o jovem permanecia imóvel junto de sua mão no coração, que pulsava e pulsava repetidamente.
— Esse que pulsa, é o seu coração. - Comentou ela, agarrando-o pelo braço e levantando-o do chão, levando este a seus braços.
Erezio estava fascinado com tal sentimento agradável e interessante.
— Mas o que você faz aqui, minha mãe? - Perguntou Erezio, abraçando cada vez mais forte a luz a sua frente.
— Erezio, O Sucessor, meu filho! Venho aqui para te dizer apenas uma coisa... Meu tempo está se esgotando. Não siga seu destino! Não lute por Mathin, lute por você!
A forte luz estourou e a figura sumiu, um vendaval expulsou a vegetação ao seu redor e como um alfinete gigante, algo foi cravado no coração do garoto libertando um grande grito de dor. Desfaleceu e caiu.

Acordou de visão embaçada, o sol fraco e gelado estava bem ao meio de sua visão lhe causando uma cegueira passageira. Levantou-se de um arbusto e refletiu sobre o ocorrido da noite anterior, levando em conta as falas de sua mãe e sua profecia. Andou em círculos junto de seu pensamento perturbado à procura de uma resposta, que aos poucos confessava em sua mente.

Estava bem frio, Erezio tremia, já que suas vestes eram ainda da passagem de escravo com Sehrer, portando eram uma pequena camisa agora impregnada de sujeira, e uma bermuda a qual nem lhe chegava aos joelhos. Sua situação estava difícil: fome e frio. Olhava desesperado aos seus redores a procura de um animal, mas era inverno, e as pastagens estavam enxurradas de geada.

A resposta desabrochou, e o jovem de cabelos ruivos e pele pálida (pelo frio), decidiu-se seguir em direção ao palácio de sua escravidão, pois lá, talvéz, poderia haver algum alimento conservado e uma requinte cama abochornada. Enfiou-se na floresta em direção ao oeste, desviando dos galhos entrelaçados e do gotejar de coníferas.

Provavelmente será editada...

2 comentários:

PC Nobia disse...

Legal!

Bem escrito, mas o que é "abachornada"? :P

Isaias A. disse...

Obrigado por acompanhar o Blog.

Abachornada: feminino de abachornado que significa quente.